
Por Maria Fernanda – Portal Inhai
Na sexta-feira que antecede a Páscoa, milhões de brasileiros param suas rotinas para viver um dos momentos mais simbólicos da fé cristã: a Sexta-Feira Santa. Também conhecida como Sexta-Feira da Paixão, a data relembra o julgamento, a crucificação e a morte de Jesus Cristo, um dos pilares centrais do Cristianismo. Mas, para além da religião, esse é um dia que convida à pausa, ao silêncio e à reflexão.
Em todo o Brasil, as manifestações de fé ganham diferentes formas: procissões emocionantes, encenações da Paixão de Cristo, missas solenes e jejuns. A tradição do não comer carne vermelha, por exemplo, é levada a sério por muitas famílias, que substituem o cardápio com pratos à base de peixe — e o famoso bacalhau vira estrela em muitas mesas.
A Sexta-Feira Santa é, acima de tudo, um lembrete da importância do sacrifício e da empatia. Em tempos de intolerância, violência e indiferença, o exemplo de entrega e amor ao próximo, simbolizado na cruz, ainda ecoa com força nas comunidades, independente da religião de cada um.
Aqui no Alto Tietê, cidades como Ferraz de Vasconcelos, Poá e Suzano mantêm viva a tradição com celebrações que misturam religiosidade e cultura popular. Encenações teatrais ganham as ruas, com jovens e adultos atuando de forma voluntária, emocionando plateias e reforçando a mensagem de união e esperança.
A Sexta-Feira Santa, portanto, não é apenas sobre o lamento da morte, mas sobre a promessa da vida. É um momento de olhar para dentro, de perdoar, de recomeçar. É sobre humanidade. E nesse mundo tão apressado, ter um dia para parar, respirar e pensar no outro pode ser revolucionário.
Que essa sexta-feira seja santa não apenas no nome, mas na prática. Que seja um convite à compaixão, à solidariedade e à construção de um mundo mais justo — exatamente como sonhou aquele que foi crucificado, mas nunca esquecido.
Fé, amor e esperança para todos nós.