Em meio a ataques da extrema-direita, Cozinhas Solidárias são homenageadas na ALESP

Na última sexta-feira (14), as Cozinhas Solidárias, projeto que distribui refeições gratuitas para populações em situação de vulnerabilidade, foram homenageadas em uma sessão solene na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). A iniciativa, que nasceu durante a pandemia da covid-19 por meio do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), cresceu nos últimos anos e, desde 2023, foi incorporada como um programa federal, garantindo a distribuição mensal de centenas de milhares de refeições em todo o país.
A solenidade reuniu apoiadores da iniciativa, pesquisadores e coordenadores do projeto para celebrar o impacto da ação no combate à fome. Entre os participantes, estavam Adriana Salay, historiadora e professora da USP, Andreia Barbosa, coordenadora das Cozinhas Solidárias, e Ana Paula, coordenadora nacional do MTST. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), autor da lei que garantiu a implementação do programa no governo federal, também esteve presente.


Mesmo com a importância social do projeto, a ofensiva contra as Cozinhas Solidárias tem se intensificado. Parlamentares ligados à extrema-direita articulam estratégias para barrar a iniciativa em diferentes esferas de governo. Em São Paulo, por exemplo, a Prefeitura tem sido acusada de usar a Guarda Civil Metropolitana (GCM) para impedir a distribuição de marmitas na região da Praça da Sé, enquanto vereadores tentam aprovar leis para criminalizar a ação.

Durante a cerimônia, os participantes reforçaram que a homenagem também representou um ato de resistência. A deputada estadual Ediane Maria (PSOL), responsável pela realização do evento, destacou que a mobilização popular é essencial para impedir os ataques contra o programa. “A extrema-direita quer ver o nosso povo morrer de fome, mas enquanto eles promovem ódio, seguimos alimentando e acolhendo quem mais precisa”, afirmou a parlamentar.



Com milhares de refeições distribuídas diariamente, as Cozinhas Solidárias seguem como uma das principais redes de combate à fome no país, enfrentando desafios que vão além da falta de recursos e lidando também com a perseguição política de setores que preferem ignorar a desigualdade social.







