Tombamento do Complexo Esportivo do Ibirapuera teve o apoio de professores da USP – Jornal da USP

No decorrer dos últimos quatro anos, professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design (FAU) da USP se uniram aos paulistanos em manifestações públicas para preservar o Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, que abriga o Ginásio do Ibirapuera. Mas, em sua 106ª reunião, no último dia 12 de novembro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deliberou por unanimidade a preservação desse bem cultural da metrópole.
A relatora do processo foi Flávia Brito do Nascimento, professora da FAU e representante suplente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). “O Ibirapuera nos dá outra oportunidade de valoração. Incluindo a indicação social como premissa, o conjunto é auspicioso para as políticas de proteção, pois nos permite considerar os processos urbanos, históricos, sociais, nas suas fissuras e tensões”, observou a professora Flávia. “E, sobretudo, tendo em conta a apropriação da vida do bem cultural, está para além do projeto que o concebeu. As mobilizações em favor do Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, o Ginásio do Ibirapuera, expressaram a premissa de que o patrimônio se constitui na relação das pessoas com seus espaços, práticas que são, em si, patrimônio. As manifestações públicas de atletas, jornalistas esportivos, arquitetos e sociedade civil mostraram a multiplicidade de valores culturais que recaem sobre o lugar.”
Em seu relato, Flávia enfatizou a luta de todos: “As mobilizações expressaram a premissa de que o patrimônio se constitui na relação das pessoas com seus espaços e práticas. As manifestações públicas mostraram a multiplicidade de valores culturais que recaem sobre o lugar.”