
Família e amigos mobilizam redes para garantir translado do corpo até Goiás; tragédia comove fãs da cantora e comunidade LGBTQIAP+
O desaparecimento do jovem arquiteto Igor Sousa, de 26 anos, ganhou desfecho trágico neste sábado (10), quando seu corpo foi encontrado sem vida no Rio de Janeiro. Igor havia desaparecido no último domingo (4), após entrar no mar da praia de Copacabana poucas horas antes do voo que o levaria de volta para casa, em Anápolis (GO), ao lado do companheiro, Wesley Oliveira.
A notícia de sua morte foi confirmada por Wesley, com quem Igor mantinha um relacionamento e havia viajado à capital fluminense para assistir a um show da cantora Lady Gaga, artista que ambos admiravam. O casal, que se preparava para essa viagem desde dezembro do ano passado, desembarcou na cidade maravilhosa na noite de 30 de abril e tinha passagem marcada para retornar no dia 4 de maio.
O desaparecimento aconteceu na manhã do domingo, faltando cerca de seis horas para o voo. Segundo Wesley, Igor entrou no mar e, após cerca de 30 minutos sem retornar, ele acionou os salva-vidas da orla, que o orientaram a esperar até o anoitecer. Sem sucesso nas buscas, Wesley retornou ao apartamento onde estavam hospedados e, depois, à praia, na esperança de reencontrá-lo. A angústia se arrastou por dias até a triste confirmação neste sábado.
O corpo foi localizado, mas o local exato da descoberta ainda não foi divulgado pelas autoridades. A tragédia abalou familiares, amigos e conhecidos de Igor, além de comover seguidores nas redes sociais que acompanhavam as buscas e torciam por um final feliz.
A família, agora em luto, iniciou uma campanha online para arrecadar fundos para o transporte do corpo do Rio de Janeiro até Anápolis, onde ele será velado e sepultado.
Nas redes, Igor havia registrado momentos de uma visita anterior ao Rio, em setembro do ano passado. Coincidentemente, entre os pontos visitados estava justamente a praia de Copacabana, onde o trágico episódio veio a acontecer.
Além da dor da perda precoce, o caso evidencia os riscos muitas vezes subestimados do mar e a importância de políticas de acolhimento e orientação a turistas. A memória de Igor permanece viva entre os que o amavam — como profissional, como amigo, como companheiro — e como mais uma vida LGBTQIAP+ interrompida tragicamente em meio a um sonho que virou luto.