
Na noite de terça-feira (19),o Palácio Gustavo Capanema foi devolvido ao povo como espaço de cultura com o Presidente Lula e outras autoridades.
Entre os agraciados, um momento de grande emoção marcou a noite: Leci Brandão da Silva, que em 2025 celebra 50 anos de carreira, foi condecorada com a classe Grã-Cruz da OMC, a mais alta distinção da cultura brasileira. A Cantora, compositora e parlamentar recebeu o reconhecimento de uma vida dedicada ao povo e à arte.
Ao lado dela, outras figuras igualmente históricas também foram condecoradas, como Alcione, ícone do samba e da música popular; Alaíde Costa, voz eterna da bossa nova; Zezé Motta, atriz e cantora símbolo da luta negra; e a atriz Fernanda Torres, referência no teatro e no cinema brasileiro.
“A Grã-Cruz é mais que uma medalha. É o reconhecimento de uma vida que inspira, que transforma, que educa. Leci Brandão é tudo isso e muito mais”, declarou a ministra Margareth Menezes.
A cerimônia não apenas reconheceu trajetórias individuais, mas celebrou um país que valoriza suas artistas negras e populares, que transformaram suas vozes em instrumentos de luta e liberdade.
A entrega da honraria máxima à Leci Brandão da Silva,(80)reforça o reconhecimento institucional de toda uma geração de mulheres negras que abriram caminhos na música, na política, na resistência cultural. A condecoração foi recebida de pé pelo público, num gesto de reverência à sua história.
A cerimônia marcou ainda a reabertura do Palácio Gustavo Capanema, fechado por anos e agora devolvido ao povo como espaço de cultura, memória e formação e celebração dos 40 anos do MINC. Um gesto simbólico e poderoso, que reforça o compromisso do governo com a reconstrução do tecido cultural do Brasil.
Para quem acompanhou a trajetória de Leci Brandão, ver seu nome entre os condecorados não é surpresa — é justiça,mérito.
Ao receber a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cultural, Leci Brandão sorriu com a serenidade de quem sabe o caminho que trilhou, de punho cerrado, reafirmou o que sempre foi: símbolo de resistência, dignidade e coragem no Brasil.
O gesto emocionou a todos os presentes. Manifestação viva de uma história marcada por luta, compromisso e afeto. Leci não apenas representa a cultura brasileira — ela é parte essencial.
O ano de 2025 tem sido, um ano de reconhecimento e aplausos. Um ano em que brasileiros e brasileiras, cidadãos e cidadãs, artistas e trabalhadores, jovens e anciãos, encontram em Leci Brandão um espelho possível, real e necessário,onde se é possível lutar e alcançar .
Trabalhadores e filhos da labuta diária, encontram em Leci Brandão o reflexo da própria história — a Leci dos trens lotados na década de 70, com a marmita nas mãos, o corpo cansado e os olhos firmes no futuro, honrando cada batalha vivida por quem levanta cedo e sonha alto.
Encontram a Leci que jamais se calou diante das injustiças sociais, que sempre falou das questões populares — com coragem e poesia.
Encontram a Leci que acolhe em suas canções, que educa sem apontar, que canta sem esquecer.
Encontram também a Leci parlamentar, hoje em seu quarto mandato, que leva para a política o mesmo compromisso com a dignidade do povo brasileiro que sempre carregou nos palcos.
Com a condecoração,Leci Brandão consolida ainda mais sua trajetória como uma das maiores representantes da cultura popular brasileira, unindo arte, política e resistência em uma história que inspira gerações.

