
Concentrar pode parecer simples para algumas pessoas, mas para quem vive com TDAH, esse é um dos maiores desafios do dia a dia.
Você se senta para estudar e, de repente, está pensando em mil coisas ao mesmo tempo, abrindo e fechando abas, esquecendo o que estava fazendo… E isso não é preguiça, desorganização ou falta de força de vontade. É o seu cérebro pedindo outra abordagem.
Desenvolver o hábito de estudo com TDAH começa por aceitar que o seu jeito de aprender talvez não siga o modelo tradicional. É preciso construir estratégias que façam sentido para o seu ritmo e para o funcionamento do seu cérebro e isso não apenas é possível, como pode ser transformador.
E vamos falar sobre isso nesse artigo, contine lendo…
Formas de Como se Concentrar Tendo Tdah
Uma das maneiras mais eficazes de melhorar a concentração é trabalhar a retenção da informação. Em vez de tentar absorver tudo de uma vez, estudar em intervalos espaçados pode ajudar muito. Revise o conteúdo um dia depois do estudo inicial, depois uma semana depois, e assim por diante.
Outra prática poderosa é ensinar o que você acabou de aprender, seja explicando em voz alta para alguém ou gravando áudios para você mesmo. Esse processo ativa várias partes do cérebro e fixa o conteúdo com mais firmeza.
Relacionar novos aprendizados com algo que você já conhece também é uma forma de fortalecer a memória. Criar conexões mentais é como criar pontes entre ideias, facilitando o caminho da lembrança.
Além disso, usar recursos como rimas, acrônimos ou frases engraçadas pode ajudar você a lembrar de listas, ou conceitos mais técnicos.
E se apenas ler não está funcionando, troque de abordagem: escrever resumos, resolver questões ou simular situações práticas pode ativar sua memória de longo prazo de maneira mais eficaz.
Além dessas estratégias comportamentais, a neurociência tem mostrado caminhos complementares. Técnicas de mindfulness também têm se mostrado promissoras para aumentar a atenção e reduzir a impulsividade. Já na alimentação, o consumo de ômega-3 e a suplementação de minerais como zinco e magnésio vêm sendo estudados com bons resultados em algumas pessoas com TDAH.
Outra coisa que ajuda (e que pouca gente considera) é o contato com a natureza. Sim, estar ao ar livre, longe de telas e estímulos artificiais, pode ter um efeito restaurador no cérebro. E não podemos esquecer dos jogos e aplicativos que estimulam funções executivas, como quebra-cabeças, sudoku, memória visual, organização de tarefas. Tudo isso pode parecer simples, mas são maneiras concretas de treinar o cérebro a se concentrar melhor.
Se você quer entender mais a fundo como o cérebro funciona nesse contexto, recomendo o livro O Cérebro com Foco e Disciplina (clique nesse link para saber mais), disponível na Amazon. Ele traz uma abordagem moderna sobre atenção, hábitos e produtividade, podendo ser um ótimo guia para quem está tentando transformar seus estudos com mais leveza e ciência.
Agora, vamos aprofundar ainda mais no método de estudo recomendo para pessoas com TDAH que selecionei abaixo, veja:
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Métodos de Estudo para TDAH
Quando falamos em métodos de estudo para TDAH, a primeira coisa que precisamos entender é que não existe uma fórmula mágica, mas existe um caminho possível, sim. O ideal é sair do modelo “sentar e estudar por horas” e abraçar a ideia de que pequenas adaptações fazem toda a diferença.
Um ponto de partida é observar os momentos do dia em que você tem mais energia. Se suas manhãs são mais produtivas, priorize os conteúdos mais difíceis nesse período. À noite, quando o cansaço bate, reserve o tempo para revisar ou fazer atividades mais leves. Essa gestão da energia é uma chave poderosa para manter o foco sem esgotar seus recursos mentais.
Outro método eficaz é estabelecer micro-objetivos. Em vez de “estudar todo o capítulo 5”, você pode propor a si mesmo “ler as duas primeiras páginas e fazer um resumo em voz alta”. Isso ajuda a reduzir a sensação de sobrecarga e aumenta a sensação de progresso.
Alternar estímulos também é importante. Pessoas com TDAH se beneficiam de estudos multissensoriais, ou seja, misturar vídeos, podcasts, leitura e escrita. Quanto mais canais de aprendizagem você ativa, mais fácil é manter o cérebro engajado.
E aqui a tecnologia pode ser uma grande aliada: aplicativos que organizam tarefas, bloqueiam distrações ou cronometram blocos de estudo (como o Pomodoro) ajudam a transformar o caos em um pouco mais de estrutura.
O ambiente também influencia. Nem todo mundo precisa de silêncio absoluto. Alguns se concentram melhor com música instrumental, outros com sons da natureza. Testar e personalizar seu espaço faz parte do processo de autoconhecimento que o TDAH exige de nós.
E esse processo não é linear, mas é possível e real. Então, para finalizar, vamos falar o que você ainda não sabe sobre os desafios de estudar tendo TDAH, leia agora:
O que Ninguém te Conta sobre Estudar Tendo TDAH
Talvez o mais importante disso tudo seja reconhecer que muita gente com TDAH passa a vida achando que é incapaz de estudar. O que ninguém te conta é que o problema nunca foi você, foi o modelo que tentaram te enfiar goela abaixo.
Estudar com TDAH exige adaptação, acolhimento e também rebeldia: a coragem de dizer “eu vou fazer do meu jeito”. O sistema educacional foi feito para um tipo muito específico de cérebro, mas o mundo está mudando e as possibilidades também.
Se você sente que precisa de intervalos frequentes, de estímulos visuais, de movimento, de fones de ouvido, de escrever à mão ou de recomeçar mil vezes… isso não te faz menos capaz. Isso te torna mais consciente do que funciona para você.
E esse é o segredo que ninguém te contou: você não precisa se encaixar. Você pode criar um jeito de estudar que respeite a sua mente e que, justamente por isso, vai funcionar de verdade. Por isso, não tenha medo de testar, de pedir ajuda aos seus professores e/ou psicólogos (se fizer terapia) ou buscar mais conteúdo sobre esse assunto na Internet.
O importante é não desistir de estudar e aprender. Afinal, não tem nada mais prazeroso de nos sentirmos vivos ao aprender algo, principalmente quando é difícil.
Uma boa jornada de aprendizados e adaptações para ti.