
Ataque da Rússia na capital da Ucrânia deixa mortos
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que mobilizou dois submarinos nucleares nesta sexta-feira (1º), após as ameaças feitas pelo ex-presidente da Rússia Dmitry Medvedev.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
Nesta quinta-feira (31), o russo, que é aliado de Vladimir Putin e membro do governo, disse que o norte-americano deveria lembrar que Moscou ainda possui o sistema soviético de retaliação nuclear, conhecido como “Mão Morta”, com alto poder de destruição.
Em post na rede Truth Social, Trump mostrou que não gostou de ser ameaçado e informou sobre o movimento militar nas “regiões apropriadas”, sem especificar, no entanto, quais são elas.
“Com base nas declarações altamente provocativas do ex-presidente russo, Dmitry Medvedev, agora vice-presidente do Conselho de Segurança da Federação Russa, ordenei o posicionamento de dois submarinos nucleares nas regiões apropriadas, para o caso de essas declarações tolas e inflamatórias serem mais do que apenas isso. Palavras são muito importantes e muitas vezes podem levar a consequências indesejadas. Espero que este não seja um desses casos”, afirmou.
O “Mão Morta” é um sistema automático de disparo de mísseis nucleares desenvolvido na era soviética. Ele foi projetado para reagir caso a liderança russa seja eliminada em um ataque. O próprio governo russo já se referiu à ferramenta como uma “arma apocalíptica”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Escócia, em 29 de julho de 2025
REUTERS/Evelyn Hockstein
Pouco antes de falar sobre os submarinos, Trump também lamentou as mortes de soldados na guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e voltou a pedir que os dois países cheguem a um acordo de cessar-fogo.
Na terça-feira (29), o republicano deu um prazo de 10 dias para o governo russo aceitar a proposta de 60 dias de trégua apresentada pelos EUA. Caso contrário, disse que o país e seus parceiros comerciais sofreriam sanções, com tarifas chegando até aos 100%.
“Acabei de ser informado de que quase 20 mil soldados russos morreram este mês na ridícula guerra com a Ucrânia. A Rússia perdeu 112.500 soldados desde o início do ano. São muitas mortes desnecessárias! A Ucrânia, no entanto, também sofreu muito. Perdeu aproximadamente 8 mil soldados desde 1º de janeiro de 2025, e esse número não inclui os desaparecidos. Também perdeu civis, mas em menor número, com foguetes russos atingindo Kiev e outras localidades ucranianas. Esta é uma guerra que nunca deveria ter acontecido — esta é a guerra de Biden, não de Trump. Estou aqui apenas para ver se consigo impedi-la!”, escreveu.
LEIA TAMBÉM
Trump quer acordo entre Rússia e Ucrânia até 8 de agosto, dizem EUA à ONU
Sem citar Trump, Putin diz que há ‘expectativas exageradas’ sobre negociações de cessar-fogo e indica continuidade da guerra na Ucrânia
Troca de farpas começou por causa de tarifas
Dmitry Medvedev e Vladimir Putin em 2020
Sputnik/Alexey Nikolsky/Kremlin/ via Reuters
A declaração de Medvedev sobre uma possível retaliação nuclear russa foi uma reação a outra mensagem publicada por Trump nas redes. Nela, o presidente dos Estados Unidos o criticava por ter dito que a proposta de tarifas contra compradores de petróleo russo era “um jogo de ultimatos” que aproximava os dois países de uma guerra.
“Digam a Medvedev, o ex-presidente fracassado da Rússia que acha que ainda é presidente, para tomar cuidado com suas palavras. Ele está entrando em um território muito perigoso!”, escreveu Trump.
Medvedev respondeu horas depois, em seu canal no Telegram. Ele disse que Trump demonstrou estar nervoso e que isso é sinal de que a Rússia está “no caminho certo”.
Desde o início da guerra na Ucrânia, Medvedev tem sido uma das vozes mais agressivas do Kremlin contra o Ocidente. Críticos o consideram irresponsável. Mas diplomatas dizem que seus discursos refletem parte do pensamento estratégico de Moscou.
Em relação ao presidente russo, Vladimir Putin, Trump tem se dito “decepcionado”. Após defendê-lo no começo de seu mandato, desde que não conseguiu chegar ao prometido acordo de paz que desejava, o presidente dos EUA mudou o tom e, há três semanas, chegou a chamá-lo de “inútil”.
Vídeos em alta no g1
VÍDEOS: mais assistidos do g1
G1