
Na última quinta-feira, 24 de abril, o Palácio dos Campos Elíseos, no centro de São Paulo, se encheu de cores, cantos e histórias ancestrais. A Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo (SJC) promoveu um evento especial em homenagem ao Dia dos Povos Indígenas, reunindo centenas de representantes de diversas etnias vindas de aldeias do litoral norte, sul e da região metropolitana.
Organizada pela Coordenadoria de Políticas para os Povos Indígenas (CPPI), a celebração foi mais que simbólica — tornou-se um espaço de diálogo, reconhecimento e prestação de serviços essenciais. O secretário de Estado da Justiça e Cidadania, Fábio Prieto, reforçou o compromisso da pasta com a inclusão e o respeito aos direitos dos povos originários. “Queremos que esse espaço siga sendo um lugar onde os símbolos e vozes das comunidades indígenas sejam sempre acolhidos e respeitados”, destacou.
O evento contou com feira de artesanato indígena, onde o público pôde adquirir peças produzidas por comunidades locais, além de apresentações culturais emocionantes — com danças, cantos tradicionais e momentos de celebração coletiva das identidades originárias.
Entre os serviços oferecidos, o destaque foi para o projeto Cidadania Itinerante, que disponibilizou gratuitamente atendimentos para regularização de documentação e orientações jurídicas e sociais. Para muitas pessoas indígenas presentes, essa foi a oportunidade de resolver pendências burocráticas sem precisar sair de suas aldeias ou enfrentar barreiras urbanas. “Ter esse atendimento aqui faz toda a diferença pra gente”, comentou Alex Werá, Cacique do povo Kaimbé.
O coordenador da CPPI, Cristiano Kiririndju, também celebrou a abertura desse espaço institucional para os povos originários. “Esse evento representa mais um passo na luta por respeito, visibilidade e construção de políticas públicas feitas com a nossa participação. Queremos continuar ocupando espaços como esse com nossa cultura e nossas pautas”, afirmou.
O encontro foi gratuito e reuniu lideranças de aldeias como Jaraguá, Renascer, Aguapeú, Filhos Desta Terra e Piaçaguera, além de representantes da OAB, consulados do Canadá e da Alemanha, universidades e estudantes da rede pública.
Mais do que uma comemoração, a celebração reforçou a importância de manter viva a memória, a cultura e os direitos dos povos indígenas, lembrando que o Brasil plural só se constrói com respeito às suas raízes ancestrais e políticas públicas inclusivas.
Viva os povos originários!

