
O fechamento do Estreito de Ormuz, uma passagem fundamental para o trânsito de petroleiros, seria “extremamente perigoso”, advertiu nesta segunda-feira (23) a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas.
“O fechamento do Estreito de Ormuz por parte do Irã seria extremamente perigoso, e não seria bom para ninguém”, disse a estoniana antes de uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Bruxelas.
Após bombardeio dos Estados Unidos em três instalações nucleares iranianas, o Parlamento do Irã aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, “artéria” da indústria petrolífera mundial por onde passa cerca de um quinto de toda a produção global do insumo. O bloqueio ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, para entrar em vigor.
A crise desencadeada pelos bombardeios de Israel e dos Estados Unidos contra posições estratégicas no Irã é um dos principais temas da reunião de ministros da UE.
No domingo, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, pediu ao governo da China que ajudasse a dissuadir o Irã de fechar o estreito, um gesto que teria um efeito devastador para a distribuição mundial de petróleo.
“Peço ao governo chinês que converse com eles sobre este assunto, já que dependem em grande medida do Estreito de Ormuz para seu fornecimento de petróleo”, declarou Rubio ao canal Fox News.
Analistas calculam que quase 20% da produção mundial de petróleo circula pelo Estreito de Ormuz.
O Irã ameaçou os Estados Unidos com “consequências graves” por sua participação nos bombardeios e alertou sobre o risco de expansão do conflito para todo o Oriente Médio.
G1