
Por Juliana Araújo para NINJA Esporte Clube
Na estreia de Palmeiras e Porto na Copa do Mundo de Clubes, realizada neste domingo no MetLife Stadium, em Nova Jersey, o foco não esteve apenas no placar. O confronto terminou empatado em 0 a 0, mas também marcou um embate simbólico entre duas das maiores promessas do futebol atual: o brasileiro Estêvão e o português Rodrigo Mora, ambos com 18 anos de idade. Em campo, ambos mostraram por que atraem holofotes e milhões em expectativas.
Estêvão: intensidade e talento em crescimento constante
Estêvão mostrou personalidade e presença ofensiva. O camisa 41 foi novamente decisivo, mostrou personalidade, movimentação intensa e capacidade de criar jogadas em meio a uma defesa bem postada. Seu desempenho rendeu o reconhecimento oficial da FIFA como melhor jogador em campo, superando nomes mais experientes em um dos palcos mais prestigiados do futebol mundial.
Com 11 gols e 5 assistências em 32 jogos na temporada, ele mantém uma média de uma participação direta em gol a cada 167 minutos. Um número expressivo, especialmente para um atleta ainda em formação e que já tem destino certo: o Chelsea, da Inglaterra, em uma negociação que pode ultrapassar os 61 milhões de euros.
Além dos números frios, os dados de desempenho chamam atenção: Estêvão registra 8,5 dribles certos por jogo, com 52% de aproveitamento, além de contribuir com 1,9 passe para finalização a cada 90 minutos, número alto até para jogadores mais experientes.
Rodrigo Mora: controle, passes e leitura de jogo
Rodrigo Mora, por sua vez, também confirmou a fama de joia da base do Porto. Atuando como meia mais avançado, ele teve papel importante na articulação ofensiva da equipe portuguesa. Mesmo sob forte marcação, Mora buscou o jogo, distribuiu bem as jogadas e demonstrou inteligência tática.
O meia já soma 11 gols e 4 assistências em 37 partidas na temporada 24/25. Sua média de participação direta em gols é de um a cada 153 minutos, ligeiramente mais eficiente que Estêvão nesse aspecto.
Nos números de criação e construção, Mora se destaca pela objetividade: registra 3,7 dribles certos por jogo, com 51% de aproveitamento, além de 1,1 passe chave para finalização por partida.
Enquanto Estêvão é agressivo no um contra um e desequilibra em velocidade, Rodrigo Mora comanda o meio com mais cadência e leitura. A comparação revela perfis distintos: o ponta brasileiro brilha na criação espontânea, o meia português no controle e objetividade. Dois estilos, uma mesma promessa!