
A cultura LGBTQIA+ brasileira perdeu uma de suas grandes expressões artísticas neste fim de semana. Faleceu Hellen Marques, mulher trans, artista completa e referência na arte drag de São Paulo. Reconhecida por suas performances arrebatadoras e presença marcante nos palcos da Blue Space, Danger Dance Club e outras casas noturnas icônicas, Hellen deixa um legado de talento, coragem e representatividade.
Mais do que uma performer, Hellen Marques era símbolo de resistência em uma sociedade que ainda invisibiliza corpos trans e dissidentes. Com figurinos impactantes, técnica refinada e carisma inconfundível, ela encantava plateias e inspirava novas gerações de artistas, sobretudo travestis e mulheres trans que veem na arte drag um caminho de afirmação e expressão.
“Ela não era só uma diva no palco. Era uma mulher forte, generosa e apaixonada pela arte que fazia”, escreveu uma colega nas redes sociais. “Hellen abriu caminhos com sua luz e nos ensinou que ser drag é muito mais do que uma performance — é um ato político, é viver com verdade.”
O impacto da sua perda é sentido em toda a cena LGBTQIA+ paulistana. Amigos, fãs e espaços culturais prestaram homenagens virtuais e cogitam eventos para celebrar sua memória. Ainda não há informações oficiais sobre a causa da morte ou o local do velório.
Hellen Marques foi arte viva. Uma mulher trans que fez da sua existência um espetáculo de resistência, beleza e afeto. Sua trajetória segue viva em cada batida de música, cada salto alto no palco, e em cada pessoa que encontrou na arte drag uma forma de se libertar.
Estou completamente impactada, como uma jovem batalhadora de sucesso deixa a cena sem ao menos deixar uma despedida ?⚧️