
A Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo 2025 foi marcada por cores, música, militância e um recado urgente: a luta pelo direito de envelhecer com dignidade dentro da comunidade. Em um evento que, além de celebrar a diversidade, também fez questão de valorizar a memória e a resistência de quem há décadas abre caminho para os direitos LGBTQIA+ no Brasil, o ato reafirmou que o orgulho não tem idade.

Segundo dados oficiais divulgados pela Universidade de São Paulo (USP), no horário de maior concentração de público — às 13h58 — a Avenida Paulista reuniu 48.747 pessoas, com uma margem de variação de 5.849 pessoas para mais ou para menos. Em comparação, no ano passado, a contagem estimada foi de 73.600 pessoas (± 8.800), mostrando uma diminuição considerável, mas que não afetou o tom político e simbólico do evento.
Mesmo com a redução no público, a Parada reafirmou sua potência como espaço de resistência e celebração. O tema deste ano colocou em evidência as vivências e desafios da população LGBTQIA+ acima dos 50 anos, reforçando a importância de construir políticas públicas inclusivas, garantir memória e visibilidade para essas trajetórias e reconhecer a ancestralidade dentro do movimento.
“A gente não está aqui só pra festejar. Estamos aqui para dizer que queremos envelhecer, com dignidade, com respeito e com memória”, declarou uma das lideranças no trio que puxou o ato na Avenida Paulista.
A programação também trouxe falas e homenagens a veteranos da militância, reafirmando que as lutas de ontem seguem essenciais para os direitos de hoje e amanhã.

Com público menor, sim — mas com resistência maior. A Parada LGBTQIA+ de SP 2025 deixou sua marca mais uma vez, provando que a verdadeira força está na permanência e na capacidade de se reinventar a cada edição.