Pabllo Vittar é aclamada pelo New York Times: ‘Drag queen de maior sucesso mundial’

Jornal dos Estados Unidos também fez a triste constatação de que é o Brasil o país que mais mata travestis no mundo

No artigo recente do New York Times, Pabllo Vittar é celebrada como a drag queen de maior sucesso do mundo. O jornal norte-americano destaca não apenas sua carreira impressionante, mas também a profunda conexão de Pabllo com a comunidade LGBT+ e suas origens humildes no Maranhão, onde cresceu como filho gay de uma mãe solteira da classe trabalhadora.

Aos 30 anos e com 1,80m de altura, Pabllo conquistou uma carreira que poucos poderiam imaginar. Com seis álbuns de estúdio — incluindo certificações de ouro, platina e dupla platina —, parcerias de moda com gigantes como Adidas e Calvin Klein, e impressionantes 1,8 bilhão de plays em suas músicas, Pabllo solidificou seu lugar no cenário internacional.

O New York Times também relembra suas turnês pelos Estados Unidos e Europa, aparições marcantes em festivais como Lollapalooza e Coachella, e a participação histórica ao lado de Madonna em Copacabana. Outro marco significativo foi sua apresentação nas Nações Unidas durante o aniversário da Rainha Elizabeth, evidenciando seu alcance e impacto global.

Além disso, o jornal cita a admiração mútua entre Pabllo e RuPaul, a icônica drag queen americana. RuPaul, em um gesto de apoio, declarou publicamente no Twitter em 2022: “EU AMO E APOIO @PablloVittar”.

Nas redes sociais, Pabllo também é uma força poderosa, acumulando 36 milhões de seguidores no Facebook, Instagram, Twitter, TikTok e YouTube, onde compartilha sua vida e inspira milhões ao redor do mundo.

Porém, em meio a essas conquistas notáveis, o New York Times lança um olhar crítico sobre a realidade brasileira. O país, conhecido por ter uma das legislações mais progressistas em relação aos direitos LGBT+, também carrega o fardo sombrio de ser o mais violento contra travestis e transexuais. Desde 2008, mais de 1.840 pessoas trans foram assassinadas no Brasil, mais que o dobro do segundo colocado, México, segundo dados da Transgender Europe. O Brasil lidera esse trágico ranking todos os anos desde o início da contagem.

Essa dicotomia entre a celebração da diversidade e a violência contra a comunidade trans coloca em destaque a necessidade urgente de ações concretas e mudanças culturais profundas para proteger e respeitar todas as vidas.

Everton Moraes
Fórum LGBT+ Alto Tietê

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