
A atriz e diretora Helena Ignez, um dos nomes mais revolucionários do cinema brasileiro, recebe uma homenagem especial com a Mostra A Mulher da Luz Própria, que segue acontecendo até 4 de abril no Cinema do Centro Cultural Unimed-BH Minas. Pela primeira vez, todos os filmes dirigidos pela artista serão exibidos em uma retrospectiva integral, acompanhados de títulos estrelados por ela e obras que influenciaram sua carreira. A programação também inclui sessões comentadas, debates e uma oficina de atuação.
Uma trajetória singular no cinema brasileiro
Helena Ignez foi protagonista de alguns dos filmes mais icônicos do cinema nacional, como O Bandido da Luz Vermelha, O Padre e a Moça e A Mulher de Todos. Com uma presença marcante e atuação inovadora, a artista ajudou a transformar a linguagem cinematográfica no Brasil. Sua trajetória como diretora teve início no início dos anos 2000 e já soma mais de 20 anos de criações autorais. Agora, sua filmografia completa será exibida na mostra, que apresenta desde seu primeiro curta, Reinvenção da Rua (2003), até A Alegria é a Prova dos Nove (2023).
A curadoria, assinada por Samuel Marotta e Ewerton Belico, estrutura a programação em diferentes eixos temáticos: os filmes dirigidos por Helena, sua atuação em produções de grandes parceiros criativos e títulos que marcaram sua carreira. Entre as obras selecionadas pela própria artista, estão filmes de Orson Welles, Billy Wilder, Jean-Luc Godard, Stanley Kubrick e Glauber Rocha.
Atividades especiais e oficina de atuação
Além das sessões de cinema, a mostra promove debates e sessões comentadas com a presença de Helena Ignez, Sinai Sganzerla e convidados. Também será realizada uma oficina de atuação com a atriz Bárbara Vida, que acontecerá entre os dias 20 e 23 de março, abordando a linguagem performática no cinema e experiências práticas com a câmera. As inscrições para a oficina podem ser feitas até 16 de março clicando aqui.
Programação
A mostra A Mulher da Luz Própria apresenta uma vasta seleção de filmes, debates e atividades especiais. Os ingressos são gratuitos e distribuídos presencialmente 1 hora antes de cada sessão. Confira o que vai rolar até o encerramento:
- 27/3 (Quinta-feira)
- 16h – A Miss e o Dinossauro (Helena Ignez, 2005) | Canção de Baal (Helena Ignez, 2008)
- 18h20 – O Padre e a Moça (Joaquim Pedro de Andrade, 1966)
- 20h30 – Roda de Conversa: Helena Ignez e o cinema contemporâneo
- 3/4 (Quinta-feira)
- 16h – Quanto Mais Quente Melhor (Billy Wilder, 1959)
- 18h20 – Poder dos Afetos (Helena Ignez, 2013) | Fakir (Helena Ignez, 2019)
- 20h30 – O Signo do Caos (Rogério Sganzerla, 2003)
- 4/4 (Sexta-feira) – Encerramento
- 16h – Sem Essa, Aranha (Rogério Sganzerla, 1970)
- 18h20 – A Alegria é a Prova dos Nove (Helena Ignez, 2023)
- 20h30 – Cara a Cara (Júlio Bressane, 1967)