
No último sábado, 26 de abril, a Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP), foi palco do Simpósio “Comunicação Inclusiva: A Tarefa Espírita e a Diversidade Humana”, que reuniu aproximadamente 500 participantes em um dia inteiro de debates, reflexões e apresentações artísticas voltadas à importância da comunicação como instrumento de acolhimento, inclusão e fraternidade.
O evento teve início às 9h com a abertura conduzida pela mestre de cerimônias Rosânia Dela Bruna e a prece inicial realizada por Marlene Simões. Na sequência, Fábio Ribeiro emocionou o público com uma apresentação musical, preparando o ambiente para a fala de boas-vindas do presidente da casa, Roberto Magalhães.
A programação foi marcada por palestras enriquecedoras. Moacyr Vezzani Neto, comunicador do Senac e influenciador espírita, abriu os trabalhos com o tema “Comunicação, uma construção histórica e social”, abordando a evolução da linguagem humana e sua importância na construção da cultura e do pensamento coletivo.
Em seguida, Rafael Calumby Rodrigues, Coordenador de Políticas para a Diversidade da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania de São Paulo, presidente da Comissão da Diversidade Sexual e Gênero da subseção da OAB São Miguel Paulista e membro do Fórum Nacional de Gestoras e Gestores LGBT (FONGES), apresentou a palestra “Linguagem e prática no acolhimento das diversidades”. Rafael trouxe uma reflexão sobre letramento em diversidade e a cultura da paz, destacando também a interseccionalidade com os ensinamentos de Vânia Maria da Silva Soares, presidente do Fórum Inter-religioso para uma Cultura de Paz e Liberdade de Crença.

Jaqueline F. Queiroz deu continuidade ao ciclo de palestras com “Desvendando o preconceito invisível: a fala que revela”, enfatizando como expressões do cotidiano podem perpetuar preconceitos de forma sutil e a necessidade de uma comunicação consciente e inclusiva.
Após uma roda de conversa envolvendo os palestrantes da manhã, os participantes fizeram uma pausa para o almoço, retornando com mais uma apresentação musical de Fábio Ribeiro.
À tarde, a programação prosseguiu com Regiani Abreu discutindo “Revendo a linguagem: termos e expressões para o trabalho no bem”, reforçando a importância da revisão constante das palavras utilizadas em ambientes de acolhimento e solidariedade.
Ângela Andrade apresentou a palestra “Inspiração: a comunicação antes da comunicação”, abordando a comunicação intuitiva e a influência espiritual nas ideias humanas, tema que tocou profundamente o público espírita presente.
Sandra Kinoshita trouxe à tona a importância da comunicação fraterna dentro das Casas Espíritas, em sua exposição “A comunicação fraterna na Casa Espírita”, reforçando valores de respeito, união e caridade.
O evento foi concluído com a palestra reflexiva “Encerramento? Ou início das reflexões para mudanças!” proferida por Raquel de Abreu, incentivando os participantes a levarem os aprendizados para suas práticas cotidianas. O encerramento contou ainda com vibrações conduzidas por Pedro Takeo, seguido de um intercâmbio mediúnico orientado por Arlete Mendes, e a prece final realizada por Manuel Lino.
O Simpósio destacou-se por promover a consciência sobre a responsabilidade que todos temos na maneira como nos comunicamos, trazendo à tona a importância da inclusão, da escuta ativa e da prática constante da fraternidade através da linguagem.