Guerra entre palavras – Jornal da USP

Por Janice Theodoro da Silva, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP

“Direitos humanos”, “ser humano” e “humanismo”, assim como outras palavras do vocabulário corrente, entram e saem da moda. Em regimes autoritários muitas delas são incluídas no catálogo de proibições, um índex. Cada conjuntura histórica promove ou descarta algumas palavras. Palavras, assim como as pessoas, envelhecem e brotam. Elas podem desaparecer rapidamente, permanecer com sentido similar por séculos, serem modificadas ou assassinadas, de uma hora para outra. Palavras adormecem, sofrem desqualificação, por não dar conta dos novos conceitos, ressuscitam, de repente, retomando a vida, com força. Dicionário não é túmulo. Objeto precioso guarda as joias, a língua, expressão do tempo.

A notícia a seguir vem do site da Associação Brasileira de Imprensa:

Marco Antônio Sousa Alves, professor adjunto de Teoria e Filosofia do Direito e subcoordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito [da Universidade Federal de Minas Gerais], relatou que recebeu uma nota da Fulbright Brasil informando que o projeto, previamente aprovado, só poderia seguir se certas palavras fossem retiradas ou substituídas.

Entre os termos censurados estão expressões como direitos humanos, opressões de gênero, classe e raça, crise dos princípios democráticos, emancipação social, sistemas de opressão e justiça social. A lista de restrições ainda inclui menções ao crescimento da população encarcerada e suas implicações raciais, crise ecológica e práticas de vigilância que violam direitos civis e políticos.

“Me sinto negociando uma bolsa com um regime ditatorial”, afirmou. Ele comparou a situação ao romance “1984”, de George Orwell, no qual o Estado controla o vocabulário para restringir o pensamento crítico. Segundo o docente, a Fulbright Brasil comunicou a necessidade de adaptação do projeto de forma constrangida, sinalizando que as mudanças não eram uma escolha da instituição, mas sim uma exigência imposta pelo governo dos EUA.

No final do século 20 e início do século 21, as palavras direitos humanos e humanismo se transformaram em coisa do passado, assunto para ingênuos, emotivos e mulheres. Foi o primeiro golpe contra as duas palavras antes de serem proibidas. Atualmente, nos Estados Unidos várias palavras foram bloqueadas em projetos universitários. Palavras como desigualdade, gênero e identidade correm risco. Velho mecanismo de perseguição de efeito rápido: cortar o dinheiro e demitir do emprego caso uma palavra x, presente no índex, for utilizada.

Trump não gostou de ouvir a pastora Mariann Edgar. Ela usou a palavra misericórdia. Caso atinja corações, a palavra é um perigo para os governos autoritários. Alguns humanos, com independência em relação à moda do palavreado e indiferentes à perseguição, mantiveram, em tempos de governos autoritários e ditadura, a utilização de palavras proibidas. Alguns até musicaram o interdito, outros perderam, de fato, o financiamento ou emprego. Sem trabalho, dinheiro e poder as palavras ditas pelo “rebelde independente” perdem valor.

Ao mesmo tempo que algumas palavras abandonam o barco da história por desuso, outras entram para o vocabulário corrente, caracterizando mudanças na história.

No século 21, em meio a muitas instabilidades, algumas palavras têm favorecido o conservadorismo e o autoritarismo. Elas caracterizam o novo século. Paciência virou resiliência – resistência ao estresse frente ao trabalho competitivo. Penso que a palavra tem mais relação com resistência dos materiais do que com o ser humano. Racionalidade virou realismo, música no ouvido dos economistas, a primeira palavra que eles usam para demonstrar que estão certos. Egoísmo virou individualismo – disfarçando o Grande Ego da atualidade, disponível nos celulares, com difusão mundial.

Essas trocas de palavras e alterações de sentido são sintomas de mudanças históricas importantes. Não se trata de combater a existência da palavra, mas compreender os valores do século 21, destacando o seu significado em contexto. Palavras podem indicar a iminência da guerra ou da paz. Palavras como vigor, força, decisão, juventude, rapidez desqualificam outras como velhice, dúvida, fraqueza, comprovação, detalhe, ambiguidade, contradição, probabilidade, proporção.

Algumas palavras atualmente são utilizadas como exterminadoras de outras, ficando em segredo as razões da valorização e da desqualificação. Escolher palavras faz parte da arte da comunicação inserida em circunstância histórica. Explicar e discutir palavras e conceitos é objeto das diversas áreas do conhecimento. Para os economistas, por exemplo, explicar para o público em geral as palavras contidas nas Atas do Banco Central do Brasil é um bom exercício.

Hoje o tema é competição acima de tudo e de todos, independentemente dos danos humanos que ela possa causar. Competição expressa as novas prioridades cotidianas como compulsão ao trabalho/dinheiro; produção acelerada de desejos/inacessíveis; valorização das aparências/ Photoshop. Para complicar, agregam supostas ambiguidades: apreço à “cooperação “e à “amizade”, quando frutos do dinheiro e do poder. Atributos do emissor da mensagem capazes de fazer a voz ter eco ou não.

O EU e o NÓS

O grande tema do século atual é valorizar o EU e assassinar o NÓS. O EU, um velho conhecido. Nas origens, um personagem, o self made man. O personagem protagonista na cena do pós-guerra nasceu nos Estados Unidos. Sete décadas depois foi substituído pelo seu herdeiro, o empreendedor. A palavra contém inúmeros significados. Atividade profissional marcada pela força, vigor, distanciamento emocional, capacidade de eliminar com desprezo qualquer velho mercador, lento, com pouco apego ao risco e atencioso com os amigos.

Em geral, os pais do empreendedor são imigrantes. Deixaram como herança a heroica narrativa de ter feito tudo sozinhos, sem apoio do Estado. Solitário e preocupado apenas com a sua família, ele sofre de urticária quando escuta palavras como generosidade, solidariedade e cooperação. Toma anti-histamínico se o tema for Estado de bem-estar social e organismos internacionais. Desvia o olhar e abandona a negociação caso o interlocutor deixe transparecer, no ar, uma gota do perfume Generosidade. Deixa gente, bicho e planta sem água e sem comida e assiste de camarote à morte de multidões. Misericórdia para ele é coisa de inimigo. Fica irritado com pessoas pouco musculosas ou com idade avançada. Faz ginástica e só acredita em quem realiza exercícios físicos até a morte ou quase. Os sobreviventes da maratona recebem o título de vencedores, caso desfrutem de juventude, ombros largos, músculos visíveis e ideias inusitadas.

Do outro lado da fronteira, o NÓS, a amizade, a cooperação, o Estado de bem-estar social, as instituições internacionais, o combate à desigualdade, as políticas ambientais, a saúde pública, a fome.

Temas, projetos sustentados por palavras produzidas no pós-guerra, por pracinhas e seus comandantes, gente para quem a política, a diplomacia e a busca do equilíbrio significavam a paz em oposição aos horrores da guerra.

Fruto da história atual, o outro grupo, do NÓS, mais ligado ao oráculo grego, dependia de sacerdotes, capazes de interpretar favorecendo variações, refinamento na escolha das palavras, nas gradações das coisas, na dosagem do sacrifício, na pureza do ouvido para escutar a voz do oráculo. Uma festa para as palavras, repletas de dobraduras, ajustes finos para compreender a mensagem emitida. Dizem, ainda hoje, que é melhor com ele, o oráculo, do que sem ele. Graduar, dosar, combinar, ajustar, negociar são palavras inimigas dos autoritarismos.

A ONU, fundada em 1945, expressava as utopias do NÓS, desta congregação de pessoas e palavras. Respeitando a soberania das nações, buscava a segurança, a paz e a cooperação entre povos e nações. Um pouco de utopia e muita ajuda, real, financeira.

Com laços de amizade tecidos na resistência, o grupo do NÓS e suas palavras sabia da importância da amizade entre os companheiros de caminhada. Em tempos de guerra, de arbítrio, convivendo com soldados de várias nacionalidades, em meio à tragédia da Guerra a sensação era: ninguém se salva sozinho, a amizade é um patrimônio inigualável.

Amizade, palavra fora do cardápio atual.

Duas culturas, do EU e do NÓS, cresceram lado a lado, com fronteiras mais ou menos porosas dependendo da circunstância histórica.

Crescimento do IDH e desilusão

Embora o crescimento do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) tenha sido constante até 2018, a insegurança alimentar, a violência, o desenvolvimento de novas tecnologias e, especialmente, a impossibilidade de interferir no curso da história fizeram crescer a busca de soluções individuais para solucionar os problemas cotidianos.

O gráfico abaixo demonstra a melhora contínua nas condições de vida da população de 1990 até 2018, piorando a partir da última data citada. Ao mesmo tempo observamos, nos últimos anos, o crescimento da extrema direita em todo o mundo.

Gráfico do Pnud mostra como IDH mundial caiu nos últimos dois anos — Foto: Reprodução/Pnud

O “salve-se quem puder” ganhou, a cada dia, mais adeptos.

A complexidade e o nível de abstração necessário para compreender a linguagem das instituições democráticas, da razão e da técnica, lugar onde habita o NÓS, tornaram a democracia uma abstração para grande parte da sociedade.

Uma pergunta: a população sabe explicar quais são os mecanismos institucionais que em uma democracia permitem o respeito às minorias?

O NÓS, incapaz de explicar ideias complexas, de reduzir a desigualdade, oferecer saúde, educação e segurança para a população carente, foi perdendo força e significado para as suas palavras de uso corrente.

A fantasia do progresso lento e gradual, criada pela Revolução Industrial, foi substituída pelo salve-se enquanto é tempo, em meio a enchentes, calor extremo e fogo. Uma crise existencial e ambiental, onde a esperança por um mundo melhor tornou uma conjugação destas palavras com pouco sentido.

Em matéria de tempo a palavra Presente engordou, a palavra Futuro emagreceu e a utopia ficou anoréxica. Muitas palavras perderam força, foram abandonadas ao deus-dará. Pobre palavra – Projeto – hoje, ela está na UTI. Sem futuro, para que servem os projetos? Um gráfico indicando melhora no IDH virou traço inútil rabiscado no presente, para quem receia morrer na próxima enchente, tiroteio ou guerra.

Comparação: direitos humanos no passado e na atualidade

Antigamente, anos 70 e 80 do século passado, época em que o Brasil vivia uma ditadura militar, a palavra e o tema Direitos Humanos sugeriam respeito. Denunciar tortura, morte e desaparecimentos era um gesto arriscado, só para portadores da virtude, coragem.

Naquela época, católicos, protestantes e luteranos, entre outras denominações religiosas, consideravam a vida humana um valor, herança à moda grega. Projetavam nas Forças Armadas virtudes capazes de arrumar um mundo “desordenado”, irracional e analfabeto. Com o passar dos anos, ao tomar conhecimento das denúncias de mortes, desaparecimentos e torturas, uma parte da população brasileira, com vocação democrática, legalista e ambientada com palavras difundidas pela literatura humanista, abandonou as fantasias de que as Forças Armadas eram, em princípio, ordeiras, eficientes e justas. A palavra força indicava apenas direito de matar à margem da lei. Diante das denúncias, dos mortos e dos desaparecidos, parte da sociedade mudou de opinião.

Passaram a defender o processo de redemocratização. Usaram a palavra terror para desqualificar o Estado ditatorial.

Assim o grupo de amigos na democracia, humanistas de tradição católica e afinados com as velhas tradições, compôs maioria. Entrou na luta do combate à ditadura no Brasil.

Juntos, venceram. A todos eles devemos a Constituição de 1988.

Palavras no texto da lei, salvam.

Humanismo e retórica

O humanismo tem como um de seus principais instrumentos a retórica. Desde a Antiguidade ela está na origem da crítica às diversas formas de governo como a tirania, a aristocracia e a demagogia. Retórica argumentativa, debate de ideias e democracia conformam uma família de pensamento com raiz na Antiguidade.

Um humanismo cristão presente na história brasileira, representado por personagens como D. Paulo Evaristo Arns e D. Helder Câmara, foi instrumento de combate à ditadura. Do ponto de vista mais geral, podemos lembrar o fato de muitos católicos terem sido educados no respeito ao quinto mandamento. Ao tomarem conhecimento da dimensão da barbárie, descrita com palavras, mudaram o lugar das suas convicções e passaram a defender o Estado Democrático de Direito. Isso aconteceu nos velhos tempos (século 20) quando a sociedade considerava, por tradição, a vida um valor maior, acompanhada de gotas de virtudes, patrimônio do pós-guerra.

Tempo e história

A mudança do sentido das palavras envolve concepções de tempo e espaço, suas formas de interferências na natureza, nas relações entre pessoas, na política e na ética. Tudo fruto do tempo.
Passado e Futuro, hoje, contam pouco. O Presente impera.

O foco no Presente fortalece o grupo do EU, facilitando a sua expansão. Sem Futuro fica mais fácil apoiar o pacote a favor das desigualdades, da falta de ética nos negócios, do enriquecimento a qualquer preço. Em matéria de muro e imigração, a guerra de palavras transforma gente em bandido desqualificando gestos de generosidade, misericórdia e outras palavras da mesma família. O objetivo é produzir distanciamento, dificultar o reconhecimento da condição humana para com os imigrantes e pobres. Quem chegou ao “paraíso” prefere manter as portas fechadas. Dividir, sem ter um futuro garantido, é arriscado.

Este é o campo do paradoxo das democracias contemporâneas. O encolhimento do Futuro diminui o valor da vida e da amizade, o NÓS.

Amanhã, ninguém sabe.

Estarei vivo?

Não se deve esquecer, a história expressa diferentes percepções de tempo, espaço e ética.

O paradoxo da democracia? Apoio inabalável à democracia, e apoio crescente a líderes que a podem minar.

As palavras e as ideias, democracia, livre-arbítrio e vida estão por um fio. Ao mesmo tempo ganham força palavras como líder, chefe, autoridade, vigor, força, decisão, rapidez, juventude, aparência, expressando o tipo de demanda da política no século 21.

Observem os gráficos abaixo. Trata-se de uma tendência mundial.

Fonte: Gabinete do Relatório do Desenvolvimento Humano com base em dados de várias vagas do World Values Survey (Inglehart e outros, 2022)

Nota: Os dados são médias ponderadas pela população para um painel de países que representam 76% da população mundial. A porcentagem da população no eixo vertical refere-se às pessoas que responderam que ter um líder forte que não tem de se preocupar com o parlamento e as eleições é “muito bom” ou “bastante bom”. A porcentagem da população no eixo horizontal refere-se às pessoas que responderam que ter um sistema político democrático é “muito bom” ou “bastante bom”.

Pessoas que afirmam não ter controle da vida não pensam a política como lugar de possível mudança da sociedade em que vivem. Deixaram de lado sua participação na sociedade civil. Preferem escolher um líder afinado com a estética produzida nas redes, imagens e palavras cujo sentido, objetivo a ser alcançado, é manipulado pelos proprietários das redes de comunicação, em segredo, e sem difusão.

As lacunas de arbítrio na ação coletiva são superiores às do controle da própria vida.

Fonte: Gabinete do Relatório de Desenvolvimento Humano com base em dados da vaga 7 (2017-2022) do World Values Survey (Inglehart e outros, 2022)

Nota: O arbítrio é a capacidade de as pessoas atuarem como agentes que podem fazer coisas eficazes com base nos seus compromissos (Sen, 2013). É representado por dois indicadores: a porcentagem da população que declarou sentir-se em controle sobre as suas vidas (medida numa escala de 1 a 10, em que 1-3 indica um déficit de agência agudo, 4-7 indica um déficit de arbítrio moderado e 8-10 indica que não há déficit de arbítrio) e a porcentagem da população que declarou sentir que a sua voz é ouvida no sistema político (aqueles que responderam “Muito” ou “Bastante”). Os dados são calculados utilizando microdados e pesos iguais entre países.

O planeta vai à luta

Quem tem força suficiente para enfrentar o desafio contemporâneo?

O planeta Terra foi o primeiro a declarar guerra ao EU, sem metáforas. Um grito em favor da vida. Sua afinidade sempre foi com o NÓS, uma inter-relação com a natureza, incluindo no pacote gente, bichos e plantas. Tudo junto deu origem à palavra meio ambiente, parente da palavra cooperação. Um mundo sem fronteiras, desenhado pelo acaso, objeto único no espaço sideral.

O planeta vai à luta. O rio invade o cimento. Ele resolveu recuperar o seu leito, indiferente às cidades. Enterrado embaixo de avenidas, obrigou muita gente a mudar o caminho para casa e, sem dó, engoliu carros, básicos e de luxo. A chuva igualmente irritada destruiu estradas, permitiu o deslizamento de material sólido e rochas. Foi implacável. O mais corpulento de todos, o Oceano, retomou as praias, propriedade da natureza. O Oceano faz pouco dos super-homens, das mulheres supostamente maravilhosas e dos resorts. Prefere as baleias, as tartarugas, os caranguejos e se inspira na poesia Brejo das Almas, quando pensa em gente.

A palavra política sofreu fortes abalos e a palavra meio ambiente se impôs no século 21.

A natureza, mãe de todas as coisas, decidiu entregar, tudo, aos seus donos originais, rios, terra e mar. Resolveu manifestar-se, em tempos de paradoxos da democracia. Atualmente avalia o papel de alguns países na Europa. Talvez aliados conscientes do perigo.

No campo de batalha a natureza fez uma avaliação dos riscos e concluiu ser ela a única com força capaz de enfrentar o desafio com a maior potência do planeta. Ela tem força suficiente para mudar o equilíbrio entre os atores da cena política.

Uma onda de calor, uma onda de frio, um terremoto, quem sabe.

A extrema direita se irrita com ela. Em campo de batalha utiliza a sua arma mais poderosa, o negacionismo. Diante de evidências, das catástrofes naturais, ela nega a sua existência e cala, por coerção, as instituições e pessoas que denunciam os riscos, a falta de planejamento para enfrentar o aquecimento global.

A batalha em curso terá dimensões mundiais. O silenciamento imposto não vai conseguir abafar o vozeirão do trovão, o barulho da geleira, derretendo, o tremor da terra.

A natureza fala alto, tem força, vigor.

Isso tudo sem lembrar dos asteroides…

Ouvi dizer que eles são incontroláveis, desafiadores. Distantes (para os terráqueos) olham indiferentes para os donos das startups.

Justificam: No espaço os desafios têm outras proporções. Palavra substantiva para se avaliar os novos equilíbrios de poder.

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Por jornal.usp

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