Morre Rosalinda Montone, referência no estudo de poluentes na Antártida – Jornal da USP
Professora e pesquisadora do Instituto Oceanográfico da USP, Rosalinda Carmela Montone participou do Programa Antártico Brasileiro por mais de três décadas e liderou iniciativas de gerenciamento ambiental em locais remotos
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Faleceu na manhã desta sexta, dia 7 de fevereiro, Rosalinda Carmela Montone, professora e pesquisadora do Instituto Oceanográfico (IO) da USP desde 1996. Reconhecida como uma das maiores referências no estudo de poluentes orgânicos persistentes (POPs) na Antártida e em ambientes remotos, como a Ilha da Trindade, sua pesquisa também abrangeu impactos desses contaminantes em mamíferos e aves marinhas, deixando um importante legado para a ciência ambiental.
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Rosalinda teve trajetória acadêmica e científica de destaque, com participação no Programa Antártico Brasileiro (Proantar) por mais de três décadas, em 28 expedições ao continente antártico. Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Oceanografia Química e Geológica da USP (2003-2011), liderou o Departamento de Oceanografia Física, Química e Geológica do IO (2009-2011) e ocupou outras posições na esfera administrativa.
“Sempre entusiasmada com a pesquisa, recentemente ampliou seu campo de atuação para o estudo da poluição marinha por plásticos, aplicando sua vasta expertise em química ambiental e analítica”, informou em nota o IO.
Chamada carinhosamente de “Rosa”, também foi vice-coordenadora do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA), entre 2008 e 2011, e da Rede-2 de Gerenciamento Ambiental da Baía do Almirantado, na Ilha Rei George, na Antártida. Coordenou ainda a Rede de Monitoramento Ambiental da área de influência da Estação Antártica Comandante Ferraz, desempenhando papel fundamental na avaliação dos impactos do incêndio ocorrido na estação brasileira em 2012.
Rosalinda publicou 135 artigos científicos em periódicos de circulação internacional, além de orientar 18 dissertações de mestrado e oito teses de doutorado.
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Com informações de Margareth Carvalho (CNPq) e Cesar de Castro Martins, professor e ex-aluno de Rosalinda
