Sob chuva e resistência, 9ª Caminhada Trans ocupa a Avenida Paulista e celebra a luta por visibilidade e direitos

São Paulo amanheceu mais colorido neste 26 de janeiro de 2025. Sob o céu cinza e uma fina chuva que insistiu em cair, a Avenida Paulista se tornou palco da 9ª Caminhada Trans, um evento que simboliza muito mais do que uma marcha: é um grito por equidade, respeito e visibilidade para as pessoas trans.
A pluralidade de corpos e a representatividade marcaram presença em cada faixa, cada discurso e em cada olhar que cruzou as ruas da capital. Entre as lideranças que se destacaram, Nathy Kaspeer, coordenadora do Coletivo Canal das Pessoas Trans e representante do Alto Tietê, trouxe a força de uma região que cada vez mais se une em prol da inclusão. Já Marcela Baroni, coordenadora da região Leste, somou sua voz às de tantas outras mulheres que fazem da militância uma ferramenta de transformação.
A caminhada também contou com representantes de diversos coletivos, além de figuras importantes no cenário político, como deputados que trabalham para fortalecer os direitos da população trans. Nomes como Jaqueline Chanel, conhecida por sua atuação pelo grupo Séfora, reafirmaram a importância de construir pontes e dialogar com diferentes esferas da sociedade.
Um destaque do evento foi a participação institucional. A Defensoria Pública do Estado de São Paulo, a Polícia Militar e a GCM de São Paulo estiveram presentes, demonstrando que o diálogo com órgãos públicos é essencial para garantir segurança e visibilidade à pauta.
A chuva, longe de ser um obstáculo, se transformou em símbolo de resistência. Mulheres trans e travestis marcharam pelas ruas com coragem, enfrentando desafios que vão muito além do clima. Ali, entre as vozes e os passos firmes, estava a mensagem de que a luta continua – e não há tempestade capaz de silenciar quem reivindica dignidade e justiça.
por Nathy Kaspeer