
Na noite de sábado (28), o Boi Garantido encerrou a segunda noite do Festival de Parintins 2025 com o subtema “Garantido, Patrimônio do Povo”, dentro do enredo “Boi do Povo, Boi do Povão”. A apresentação foi uma celebração das raízes populares do bumbá vermelho e branco, com homenagens à cultura da Baixa, da Xanda e de São José — territórios afetivos que moldaram a identidade do boi da estrela na testa.
A cultura perreché, forjada pela resistência de negros, indígenas e trabalhadores, foi o fio condutor do espetáculo. Com ela, o Garantido reafirmou seu papel como símbolo de fé, luta e pertencimento coletivo da Amazônia profunda. Na arena, destacou-se a história do guerreiro Tamapú e da princesa filha do Urubu Rei, representada por Isaballe Nogueira — uma narrativa de coragem, transformação e amor, contada com riqueza visual e emocional.
Na Figura Típica Regional, a tacacazeira da Baixa brilhou como guardiã da tradição culinária indígena. Seu destaque na arena simbolizou a força dos saberes ancestrais mantidos por gerações.
O encerramento ficou por conta do Ritual Ajté, do povo Madija Kulina. Com danças, pinturas e cantos tradicionais, o momento consagrou a força espiritual e a energia coletiva, fechando com a presença do Tocorime Onça — símbolo de equilíbrio e resistência.











